Os serviços que bloqueiam anúncios na internet – ad blockers – têm conquistado cada vez mais adeptos. Empresas como o Google e o Facebook veem estas ferramentas como ameaças, pois elas reduzem o impacto de links e posts patrocinados. Pois parece que ao menos a paciência de Mark Zuckerberg terminou. Esta semana marca a movimentação da rede social mais popular do mundo em busca de uma solução para encarar os bloqueadores de anúncios. A tentativa é de alterar a configuração de seus anúncios para que os bloqueadores não consigam detectá-los. Em paralelo, o Facebook oferece alternativas aos usuários para que eles personalizem o tipo de anúncio que aceitam receber, por meio de 12 categorias.

Ad blockers de fato ameaçam o Facebook

A iniciativa do Facebook não acontece por acaso. A publicidade tem gerado uma receita milionária para a rede social e os bloqueadores de anúncios representam uma pedra no sapato que pode deixar o cenário menos favorável.

Um aspecto importante é a crescente popularidade dos ad blockers, que já são utilizados por mais de 25% dos norte-americanos (no caso de PCs). No mobile, o número de usuários é menor, mas ainda assim significativo: 15%.

Com tanta gente usando os bloqueadores, os anúncios passam a impactar menos pessoas e, por consequência, os anunciantes ficam com um pé atrás em relação a esse tipo de estratégia.

Ad blocker “personalizado”

Na tentativa de inibir ainda mais a ascensão dos ad blockers, o Facebook criou a sua própria versão. A partir de agora, os usuários têm a possibilidade de bloquear anúncios baseados em 12 categorias de produtos. Ainda não se sabe qual será o resultado na prática, mas em princípio a novidade promete ser positiva para todos os envolvidos. O Facebook espera reduzir o alcance dos ad blockers, os usuários ganham um novo tipo de personalização na rede social, e os anunciantes tendem a ser mais precisos na entrega de anúncios, que só chegarão a quem de fato se interessa.