É correto dizer que a publicidade acompanha a evolução da sociedade?

As marcas de fato trabalham para atender necessidades que se renovam constantemente, mas são poucas as empresas que trabalham pela evolução da sociedade. A diferença pode parecer sutil, mas passa longe disso. Uma coisa é atender demandas para seguir vendendo produtos. Outra bem diferente é inovar para melhorar a vida das pessoas. Exemplos assim não são comuns, mas felizmente surgem de tempos em tempos.

Um caso de uma marca que buscou a geração de valor para as pessoas foi da seguradora inglesa Direct Line Insurance Company. A empresa criou um projeto de iluminação móvel para atender comunidades com baixa iluminação noturna. Intitulado Fleetlights, o protótipo dispõe de drones com lanternas, que acompanham as pessoas em seu trajeto para casa, com o objetivo de reduzir os acidentes de automóvel.

Veja o vídeo da ação:

É preciso inverter a lógica

Para entender uma iniciativa como esta, devemos repensar o conceito tradicional do marketing. O pensamento convencional dificilmente levaria uma seguradora a criar um produto como o Fleetlights, pois a lógica seria apostar em seguros de saúde e de automóvel. Iluminar pontos cegos reduz a demanda por produtos até então prioritários para qualquer seguradora. Por outro lado, a introdução de um protótipo tão revolucionário eleva a marca a um novo patamar e faz com que as pessoas criem um vínculo maior com ela.

E o mais importante, um projeto como esse pode ser altamente rentável no longo prazo, uma vez que é pioneiro e a demanda por ele tende a crescer à medida que as pessoas percebem sua utilidade.

Moral da história: a inovação não está necessariamente guardada a sete chaves em alguma mente superdotada. Para encontrar a grande ideia, muitas vezes basta olhar com atenção para as pessoas e entender suas necessidades, e como sua marca pode trabalhar para supri-las.